Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Criação correta da terneira é destaque na parcela de bovinocultura leiteira

Publicação:

O sistema correto de criação de terneiras em cabanas individuais está sendo demonstrado na parcela de bovinocultura leiteira, no Espaço da Emater/RS-Ascar na 40ª edição da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. No local, os extensionistas da Emater, conveniada da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), destacam a importância dos cuidados que começam ainda antes do parto da vaca e se estendem até o desmame, seguindo até o momento dos animais alcançarem a condição de novilhas.

"Ocorre que muitas vezes os produtores negligenciam a criação das terneiras não percebendo que, futuramente, serão elas as suas matrizes”, salienta Mariane Mendes Lopes. Para a extensionista o investimento deve ser o mesmo para animais novos e para adultos, o que envolve, por exemplo, o manejo após o parto. “Nesse sentido, o corte do umbigo com a posterior desinfecção com iodo, o fornecimento do colostro, a realização da descorna e uso de cabanas individualizadas para cada terneira até o terceiro mês de vida, são etapas fundamentais nesse processo”, afirma.

Alexandre Piccinini lembra que, com três meses, a terneira já está apta a se alimentar de feno, que é importante para o fortalecimento do trato digestivo. “O mesmo vale para o pasto, que pode ser ofertado à vontade”, observa. Já o desmame ocorrerá assim que o animal passar a consumir mais de 800 gramas de ração por dia. Até lá, ele será disposto em cabanas individualizadas, construídas com vergalhões de construção e lonas simples. “É um sistema mais barato, fácil de higienizar e prático de manejar, que também estamos mostrando como uma novidade nesta Expointer”, explica Mariane.

Na mesma parcela os extensionistas apresentam um sistema para o controle do carrapato, responsável pela doença popularmente conhecida como “tristeza parasitária bovina”. “São inúmeros os prejuízos causados por essa praga, entre eles anemia, a queda da qualidade do couro e a redução da produção de carne e de leite”, lembra Alexandre. Mariane comenta que o manejo adequado aliado à correta aplicação do carrapaticida podem contribuir para o controle da infestação e da proliferação do inseto.

Em parceria com a Embrapa Clima Temperado, a Emater também apresenta, na mesma parcela, diversas opções de pastagens permanentes, como forma de evitar o processo conhecido como “vazio forrageiro”, que se refere ao período que ocorre entre o término de um ciclo, seja de inverno ou de verão, e o começo de outro. “Para o produtor, isso também representa a redução da perda de receita e a garantia de alimento para os animais durante todo o ano”, destaca o engenheiro agrícola da Embrapa, Sérgio Bender.


Texto: Tiago Bald/Ascom Emater RS-Ascar - Expointer
Edição: Denise Camargo/Secom

Mais notícias

Expointer