Artesãos fabricam cuias ornamentadas
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O artesão Márcio Vezzosi, 29 anos, já não sabe responder há quantos anos sua família trabalha cultivando e ornamentando porongos. “Quando eu nasci, a gente já produzia. Meu pai plantava, e antes dele meu avô também”, conta o rapaz.
Natural de Sapucaia do Sul, Márcio mantém, junto com os pais, um ateliê no município. Os porongos, trazidos do sítio em Portão, ganham formas e enfeites que fazem os visitantes da Expointer se amontoarem em frente à banca, admirados com o trabalho.
Com itens que vão de R$ 10 a R$ 170, as cuias são parte fundamental para fazer um bom chimarrão. “São vários fatores que fazem o bom mate. A água precisa ser boa, assim como a erva. E a cuia tem que ser de gosto do mateador!”, ri o pai de Márcio, o artesão Alvarino Vezzosi. Os expositores fabricam também diversos produtos com o porongo, como chaveiros e acessórios.
Alvarino ensina que, para fazer o chimarrão, é preciso preencher a cuia com dois terços de erva de boa qualidade. Depois, encostá-la em um dos lados da cuia, e derramar água morna na parte vaga. Por fim, colocar a bomba, com o polegar na boca para evitar que ela entupa. Aí é só preencher de água e saborear o chimarrão na cuia decorada de Sapucaia do Sul.
Edição: Denise Camargo/Secom