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Mais produtividade e profissionalização na atividade leiteira

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Relatório aponta que o número de produtores de leite vinculados à indústria reduziu mais de 50% em seis anos
Relatório aponta que o número de produtores de leite vinculados à indústria reduziu mais de 50% em seis anos - Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini
Por Jornalista Carina Venzo Cavalheiro/Ascom Emater-RS Regional de Soledade

A Emater/RS-Ascar, entidade vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), apresentou na tarde dessa quarta-feira (08/09), em eventos simultâneos no Parque Assis Brasil, em Esteio, onde ocorre a 44ª Expointer e nos canais oficiais da Instituição, o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite.

O documento, que está na quarta edição, aponta que o número de produtores de leite vinculados à indústria tem reduzido significativamente nos últimos anos, passando de 84.199 em 2015, no primeiro diagnóstico realizado, para 40.182 em 2021. "Isso representa uma redução de 52,28% e esse é um número muito significativo", frisou o extensionista rural Agropecuário da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, responsável pela apresentação dos números na transmissão pelos canais oficiais da Emater/RS-Ascar.

No entanto, mesmo com a redução no número de produtores, a produção se mantém estável no Estado. O relatório apresenta um aumento na taxa de produtividade de 183,5 litros/vaca/ano e isso se deve a profissionalização da atividade e ao uso de tecnologias para a qualificação do manejo do rebanho, a melhoria da genética e do manejo nutricional e sanitário. "Temos mercado, temos uma atividade econômica e estamos aumentando a produtividade", frisou o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri.

Outro dado apresentado no relatório é que a maior parte da produção leiteira no Estado continua a ser à base de pasto com suplementação, representando 90,04% das Unidades de Produção. No entanto, muitos produtores migraram para a produção em confinamento, saindo de 696 em 2015 para 1.398 em 2021. "Temos pequenas propriedades com grandes produtores. Nossa produção está alicerçada no sistema de pastagem com suplementação. No entanto, o sistema de produção em confinamento tem evoluído, com várias famílias migrando para ele", destacou Sangaletti.

Outro ponto é a participação dos municípios no incentivo a cadeia produtiva do leite. Segundo o relatório, 84,98% dos municípios gaúchos possuem um Conselho Municipal atuante; 28,97% possuem um Fundo Municipal com recursos financeiros e 58,80% possuem um programa municipal com apoio efetivo à atividade, "Pequenas ações que ocorrem em nível de município são importantes para essa cadeia produtiva", concluiu Sangaletti.

O gerente técnico da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, frisa a importância do levantamento das informações, que ocorre a cada dois anos, e proporciona o diagnóstico da atividade leiteira no Estado. "Esses dados visam subsidiar tanto as entidades públicas quanto privadas na elaboração de políticas de apoio e de assistência técnica, identificar demandas de apoio das prefeituras e do Estado. Não temos como agir sobre algo que não conhecemos. Por ser o quarto relatório que divulgamos isso nos dá uma consistência bastante grande e nos indica uma tendência bastante forte em relação aos dados que foram apresentados".

"Conseguimos demonstrar o esforço dos extensionistas rurais e parceiros em realizar essa pesquisa que é uma radiografia da produção de leite no Rio Grande do Sul e que auxilia na tomada de decisões", ponderou Rugeri.

Os dados foram obtidos no período de 27 de junho a 20 de julho de 2021, por mais de 2.500 colaboradores, sendo estes extensionistas rurais dos 497 escritórios municipais da Emater/RS-Ascar e dos 12 escritórios regionais da Instituição, em parceria com prefeituras, Inspetorias de Defesa Agropecuária, Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Conselhos Municipais de Agricultura, associações e grupos de produtores e Indústrias, agroindústrias, cooperativas e empresas de laticínios.

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