Operação cumpre mandados contra fraude em fertilizantes
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Brigada Militar, deflagrou, nesta terça-feira (30), uma força-tarefa para cumprir 36 mandados de busca e apreensão em 25 cidades gaúchas, uma no Paraná e outra em Santa Catarina. A Operação NPK investiga dois grupos suspeitos de adulterar e falsificar fertilizantes vendidos a agricultores.
O material apreendido será analisado no Laboratório do Mapa em Porto Alegre. Só no Rio Grande do Sul, foram consumidas 3,7 mil toneladas de fertilizantes em 2015 e 521 empresas estão registradas e autorizadas a produzi-los no estado.
Segundo a investigação, mobilizada após denúncias à Ouvidoria da Assembleia Legislativa, os criminosos utilizavam o nome de algumas destas empresas para vender os produtos falsificados a preços mais acessíveis do que os de mercado. Eles misturavam outras substâncias aos fertilizantes comprados, de forma regular ou irregular, e os acondicionavam em sacos de marcas conhecidas - com quantidade inferior ou sem os nutrientes indicados nos rótulos.
Segundo o MP, os crimes lesaram milhares de produtores rurais, que eram enganados ao comprarem adubo. O nome da operação é uma referência à sigla NPK, presente nas embalagens e que representam os elementos mais importantes dos fertilizantes: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).
O Ministério da Agricultura alerta os produtores rurais para os cuidados na compra de insumos para o solo e plantas.
Confira algumas dicas:
- Comprar diretamente da empresa produtora ou de um representante comercial estabelecido, como agropecuárias e cooperativas;
- Evitar compras por telefone, internet ou de pessoas que visitem as propriedades rurais sem ter referências comprovadas de vendedor autorizado. Não confiar apenas em uniforme de identificação das empresas;
- Verificar qual a marca comercial do produto, a empresa produtora, as garantias do produto (fórmula NPK) e número do registo do produto junto ao Mapa;
- Sempre desconfiar de preços abaixo do mercado.
Texto: Ana Lúcia Fumegalli
Edição: Gonçalo Valduga/Secom